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Um jeito diferente de pensar e aprender

Iniciei minha graduação aos 18 anos, em 1994. Com 20 já estava formada como Analista de Sistemas. E foi logo no primeiro semestre da faculdade que fiz uma descoberta que me deixou com medo, muito medo.


Descobri que eu não sabia estudar, que não tinha a menor ideia de como eu aprendia!

E isso, por um período me impactou a ponto de não conseguir mesmo acompanhar algumas disciplinas da faculdade. Me sentia burra. Como aquelas aulas não faziam o menor sentido pra mim? Será que eu havia escolhido o curso errado? Será que não ia conseguir aprender? Será que precisaria desistir?


Nada disso fazia sentido. Eu sempre fui uma aluna com notas altas. Alguma coisa estava errada, muito errada. Foi nessa época, no primeiro semestre da faculdade, que eu me deparei com a disciplina de Algoritmos de Dados. Tinha dois professores muito bons. E mesmo assim, nada fazia sentido! :(


Eu não tinha opção. Precisava continuar. Desistir não era uma alternativa. Estava esperando minha primeira filha, e, portanto, precisava seguir se quisesse dar um futuro melhor para nós. Então, ao invés de me lastimar, resolvi agir. Comprei um caderno novo para a disciplina e resolvi recomeçar o conteúdo do zero. Ia para a biblioteca da faculdade em busca de mais materiais de apoio, leituras da área, livros com exemplos. E ali comecei a entender como eu aprendia.


Percebi que na escola, os padrões de aprendizado seguem um único caminho: livro, aula, exercício. E que os exercícios precisavam de respostas encontradas nos textos, nas aulas. Na faculdade descobri que para responder corretamente uma questão não bastava eu procurar a referência no texto e copiar. Eu precisa pensar. Precisa chegar a um caminho que me levasse à solução. Grande descoberta, não é? Hoje, 30 anos depois, insisto em fazer com que as aulas que dou levem as pessoas a pensar. Não ofereço caminhos prontos, nem cópia de conteúdo. Ofereço liberdade de pensamento, mas isso é história para outro post.



Retomando, comprei o caderno, pesquisei, anotei, pensei... e o resultado veio. Fui aos poucos me apropriando do meu jeito de aprender, do meu jeito de pensar. De aluna que não entendia nada da matéria passei a monitora de conteúdo. Aquela que ajudava os colegas a realizarem suas atividades, que explicava o conteúdo das aulas, que mostrava o caminho.


Descobri ali que na verdade muitas pessoas não sabiam como aprender, mas que nem todas estavam dispostas a investir tempo e neurônios nessa descoberta. Mas segui, mesmo assim, mergulhada nas experiências de aprendizagem. E, de tanto estudar como aprender nasceu todo o meu trabalho atual. Fui me especializando em ensino e aprendizagem para adultos, trazendo esse conhecimento para todos os materiais que desenvolvo, bem como cursos, mentorias e sistemas de ensino. Assim nasceu o sistema de ensino adotado no Centro Educacional D'Paula, os cursos técnicos, de qualificação profissional e o projeto Educação para Mulheres com todas as soluções pertinentes ao aprendizagem e à transição de vida.


Descobri que mesmo que existam muitas pessoas que não estão em busca de desenvolvimento pessoal, existem muitas outras que estão buscando evoluir e aprender. Descobri que é impossível ter resultados diferentes, fazendo sempre a mesma coisa. Descobri que assim como eu, quem quiser pode mudar sua vida através da educação e do aprendizado.


E você? Qual é o seu jeito de pensar e aprender?

 
 
 

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